Tuesday, November 29, 2005

Ever Failed?









"Ever tried? Ever failed?
No matter. Try again.
Fail again. Fail better!"

Samuel Beckett

Monday, November 28, 2005

As Asas dos Anjos

Sobre todas as coisas, quero que me tragam as asas dos anjos.
Quero ter as asas brancas que me levem para lá das nuvens.
Os olhos alcançam linhas que me ultrapassam, que me chamam e que se perpetuam nos meus sonhos.
A rigidez do globa não as aproxima, mas talvez as asas dos anjos me possam dar uma ajuda...

Sunday, November 27, 2005

Alfa

Começou. Assim se assinala o ponto alfa desta minha nova vida.
Apesar das quedas, dos contratempos, da espera, das horas de angustia, dos nervos, a minha nova vida começou. Um baptismo para a derradeira entrada nesta religiao. Novos padrinhos, novas madrinhas, novos crenças, novos deuses, novos rituais. É a data solene, a data oficial, resultado de anos de preparação. Neste dia renasci.
E desenho agora na areia, à força de marcar com as minhas passadas suaves, quase inexistentes, um novo rumo, um novo percurso. Não quero reflectir na sua condição obscura, caduca, talvez. Desta vez não. Hoje só me preocupa que o tracei, comecei a traçá-lo, e mesmo que pequeno, suave e quase inexistente, ninguem o pode negar, ele está lá.
Novos dias virão, novas vagas se abaterão sobre a minha vida, novos choros, novas melancolias, novos dias sem sol. Talvez um dia traçe um novo alfa na minha vida, talvez não. Talvez demore ainda muito até conseguir marcar bem a planta do meu pé no chão, talvez não. Por agora isso não importa. Porque ao olhar para trás vejo que já ultrpassei um grande obstáculo e já marquei caminho, mesmo que pequeno, suave, quase inexistente.

Thursday, November 24, 2005

Semear para depois colher

Pensar prá frente. Limitar no horizonte um objectivo fixo e seguir rumo a ele. Não nos metermos em atalhos, tirar algumas pausas talvez, mas seguir a direito.
Semear para depois colher.
cansas-te, desanimas, choras, cais, mas continuas a semear.
A teoria dos contrários infiltra-se nas mentes humanas. Se sofrermos no inicio, seremos recompensados no fim, é uma questão de equilibrio de forças. Então, num acto puramente masoquista, deixamo-nos sofrer, com um certo gozo interior, porque mais tarde... mais tarde... Sofremos para conseguir controlar o nosso destino, na esperança cega, talvez desalmada, que o conseguimos controlar.
Semear para depois colher.
Mas... funciona?

Monday, November 21, 2005

Rotina ou Ritual?

Não sou uma pessoa de rotinas, sou mais de rituais. Não me vergo perante os percursos já mil vezes traçados, não. Ergo-me perante a luz das minhas raizes, dos meus hábitos ancestrais, quase sagrados.
Vamos tentar perceber a diferença: A rotina emprenha-se na pele e cheria mal. O ritual tem um perfume sagrado e cobre-se de vestes solenes. A rotina cumpre-se como Sísifo, tentando rebolar a pedra para o cimo do monte, pedra essa que a determinada altura voltava sempre a rolar para o local inicial. O ritual não se compadece de forças da gravidade, é a aceitação heroica da nossa natureza. A rotina molda os fracos. O ritual actualiza os fortes.
Não quero perder nunca os nossos rituais. Dão-me forças para suportar as minhas rotinas!

Monday, November 14, 2005

como é que isto se chama?

"Quem é que te deu o meu numero?
Quem é que lhe deu o meu numero?
Vai-te embora, ouviste?! Vai-te!
O quê? não podes voltar atráz? Porquê?
Mas eu não te quero aqui em casa, vai-te já embora.
Vens me fazer companhia?
Mas... Eu... É que... Tu és tão...
ok, ok, eu tenho calma.
Vamos começar do princípio, então:
Como é que te chamas?"
Então o silencio calou-se e fez-me um nó no coração.
Como é que isto se chama?

Não é com o GaRfO que se come a sOpA!

Não é com o garfo que se come a sopa. Já devias saber isso. A sopa come-se com a faca. A sopa barra-se no pão, de moda a que fique somente uma pequena e leve camada por cima do pão evitando sempre o terrível risco de derramar.
Não, não é com o garfo que se come a sopa!Eu quero que as pessoas percebam que todos estes anos estiveram enganadas, eu quero quebrar este erro crasso da humanidade que condiciona o seu desenvolvimento. Repito: Não é com garfo que se come a sapo, mas sim com a faca.
Anos de desenvolvimento a comer a sopa com garfo, gerações criadas sobre este dogma, tradições de séculos acentam neste principio errado. Mas EU quero desenganar-vos e dizer-vos que esteve sempre mal.
Agora, sim creio que só agora a humanidade poderá evoluir descansada rumo a um futuro melhor. Chegou o fim das guerras, da falta de civismo, das deportações do sal, da crise da batata portuguesa, da migração dos gansos e da moldura de pedra nas janelas de plástico. Agora sim, descansem em paz!

Monday, November 07, 2005

Day by day

Refazendo-me. Renascendo. Revivendo.
Sigo em fente como Ìcaro. A cima, mais a a cima.
Voando. Libertando. Desfazendo-me...
Saio da minha casa de palha e só quero ver o deserto imenso da luz artificial.
Prossigo na costa leste do meu sonho, entre o real e o pesadelo.
Vacilo, desfaleço...

Não me permito cair. Não vou deixar que isso aconteça. Não me permito cair!
Não quero mãos piedosas à minha volta. Não quero olhares benignos. Não quero!
Mas, e se não der certo?

Thursday, November 03, 2005

Perguntas do dia

  1. Tudo tem um significado?
  2. Os acasos existem? (caso respondam afirmativamente dou-vos um tiro!)
  3. O futuro já está "escrito"? (nesse caso deixem-me dar uma vista de olhos rápida, sff!)

Aguardo as respostas. "Nos entretantos" vou só ali cortar os pulsos, já volto!

A Oração

Fídio:De hoje em diante seremos, bons e puros.
Liblé:Nós?
Fídio:Sim
Liblé:Impossível!
(...)
Liblé: Não poderemos ir, como dantes, ao cemitério divertir-nos?
Fídio:Sim, porque não?
Liblé: E vazar os olhos aos mortos, como dantes?
Fídio: Isso não.
Liblé: E matar?
Fídio:Não.
Liblé: Então, vamos deixar as pessoas continuar a viver?
Fídio: Evidentemente.
Liblé: O pior é para elas

By Arrabal