Sunday, October 30, 2005

Chuva molhada na terra seca de um local ermo. Pinta o chão com as cores da noite e traz um sabor a Inverno. Sei que vem aí o Inverno, anuncia-se nos tons cinzentos do céu, e traz-me o augurio de tempos tristes. Os oráculos veêm aves negras a voar em circulos nos céus tempestuosos. Há trovões que cospem raiva contra os meus erros, todos os meus delitos secretos.
Inverno dos meus medos. Aproxima-se, e o que mais me assusta não é a bifurcação dos caminhos, não é uma escolha... é a ausencia do meu poder perante o meu destino, é a neblina que encerra o campo de visão que não me permite ir para além dos meus dias contados. A noção que tudo isto caminha para um fim e a cada dia que me levanto restam-me menos 24 horas.
"Caminhamos a direito como cegos."

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