Saturday, October 22, 2005

"Enquanto me aproximava sentia o calor do seu corpo. Sentia os seus tecidos, aquele pele que fervia e me chamava.
As nossas mãos tocaram-se e, nesse instante, qualquer coisa dentro de mim fervilhava e explodia, num extase inexplicável. Movidos por uma força imune à nossa vontade os corpos aproximaram-se, e descobriram todas as suas carencias na candura do outro. Trocámos de corpos e brincámos com a vida. Quebrámos os nossos ultimos limites nas horas mais curtas da minha vida. Perdemos a noção do tempo, perdemos a noção do espaço e perdemo-nos um no outro. O peso da minha existencia solitária tinha sido aliviado pela partilha total do meu ser, e por momentos senti-me livre."

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