Sunday, October 02, 2005

caféina, meu amor


Minha mesa no Café,
Quero-lhe tanto... A garrida

Toda de pedra brunida
Que linda e que fresca é!
(...)
Ou acendendo cigarros.,
- Pois há um ano que fumo -
Imaginário presumo
Os meus enredos bizarros.
(...)
Nos cafés espero a vida
Que nunca vem ter comigo:
- Não me faz nenhum castigo,
Que o tempo passa em corrida.
(...)
Cafés da minha preguiça,
Sois hoje - que galardão! -
Todo o meu campo de acção
E toda a minha cobiça.

in Cinco Horas de Mário de Sá-Carneiro

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